Quando Albert Einstein apresentou sua Teoria da Relatividade Geral, numa série de conferências proferidas no final de 1915, o mundo da física ficou perplexo com a criatividade e a ousadia de suas formulações. Nos meses seguintes, ele teve de preencher as lacunas e esclarecer os detalhes, até publicar, há exatos 100 anos, o estudo que resumiu toda a teoria e se tornou um de seus escritos mais influentes: “O fundamento da Teoria da Relatividade Geral”, depois publicado no volume “O princípio da relatividade”. O livro, tema de minha coluna desta semana na revista Época, reúne os principais textos originais, necessários para entender a Teoria da Relatividade Geral, escritos não apenas por Einstein. A matemática é pesada e de difícil compreensão para os leigos, mas as intuições de Einstein são surpeendentemente acessíveis a quem tem conhecimentos de física básica e paciência para lidar com paradoxos aparentes. Seu estilo é claro, os exemplos ajudam a entender as ideias, e esses textos já despertaram a curiosidade e a paixão de muitos jovens pela ciência. Já tentei explicar em posts anteriores (aqui e aqui) o conteúdo revolucionário das ideias de Einstein, comprovadas mais uma vez quando foram detectadas, em setembro do ano passado, as primeiras ondas gravitacionas, flutuações ínfimas naquilo que os físicos chamam de “espaço-tempo” (nada a ver com o Universo que vemos no céu). O próprio Einstein jamais acreditou que um dia elas pudessem ser percebidas por seres humanos. Mas foram.
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